O RH e o trabalho em equipe possuem uma relação bastante próxima, tanto na escolha de profissionais que tenham essa skill fundamental quanto no auxílio para que os colaboradores consigam desenvolvê-la e fortalecê-la.
Mais do que um complemento a outras habilidades e competências, essa característica se tornou um dos pilares para times de alto desempenho em 2025 e será ainda mais importante em 2026.
Por isso, no artigo de hoje, vamos explorar a definição do que é trabalho em equipe, por que ela é tão importante para a sua empresa e como o RH estratégico pode fomentá-la. Confira!
Definição da skill Trabalho em Equipe
A habilidade de trabalho em equipe é a capacidade de atuar em uma colaboração estruturada entre dois ou mais indivíduos. Para funcionar, os integrantes unem seus conhecimentos, esforços, talentos e habilidades para alcançar um objetivo em comum, algo que deve ser feito de forma efetiva e eficiente.
Trabalhar em equipe no ambiente corporativo é muito mais do que apenas colegas trabalhando juntos: é considerar elementos específicos e que levem a interação a outro nível de colaboração. Entre eles:
Alinhamento e objetivo compartilhado
A base do trabalho em equipe no ambiente corporativo é conseguir fazer com que todos os membros do time trabalhem para alcançar uma meta comum, deixando os objetivos individuais de lado. Alcançar esse nível de alinhamento é fundamental para conseguir fazer com que todos se esforcem para chegar ao mesmo resultado.
Mais do que apenas seguir a mesma trilha, alinhamento e objetivo compartilhado são necessários para transformar um grupo de pessoas em uma equipe funcional.
Contribuição individual e divisão de tarefas
Outra característica importante para a colaboração e a produtividade que se busca no trabalho em equipe é a distribuição estratégica de responsabilidades, conforme as habilidades individuais de cada profissional.
Cada indivíduo possui forças, fraquezas e especialidades, e um dos grandes benefícios do trabalho em equipe é usar essas características para aumentar a agilidade e a qualidade do trabalho. Mas, para que isso aconteça, é preciso que as funções estejam integradas e sob a responsabilidade dos melhores profissionais para cada item.
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Colaboração ativa e integrada
Como dissemos, a integração é um elemento fundamental para o trabalho em equipe, assim como a colaboração ativa. Isso significa que todos os membros devem ser incentivados a compartilhar ideias e informações, agir de forma conjunta na resolução de problemas e assumir uma postura de engajamento mútuo.
Responsabilidade compartilhada, apoio mútuo e confiança
Ter um time que se apoia mutuamente significa que os membros se ajudam ao resolver dificuldades, conhecem e celebram contribuições individuais e estão dispostos a ir além de suas responsabilidades diretas para apoiar colegas.
Para isso acontecer, nenhum dos membros deve estar ou se sentir isolado! Apenas com a presença (presencial ou online) é possível criar responsabilidade compartilhada. O que faz com que os membros confiem uns nos outros, se apoiem e vejam o sucesso ou fracasso não como um trabalho individual, mas sim como coletivo.
Transparência e comunicação aberta
O trabalho em equipe como skill requer diálogo honesto, compartilhamento de informações, feedback contínuo e ausência de medo para expressar ideias ou preocupações. Em resumo, o ambiente profissional deve ser um local seguro e agradável para todos, especialmente ao deixar todos confortáveis para se expressar mesmo quando o que será dito não é positivo.
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Respeito às individualidades
Mesmo que o principal foco seja no coletivo, o trabalho em equipe efetivo celebra e incentiva as diferenças individuais e identidades únicas que cada membro traz. Inclui respeito mútuo, aceitação de perspectivas diversas e capacidade de resolver conflitos de forma construtiva.
Por que o trabalho em equipe se tornou uma skill crítica em 2025?
Um estudo recente e renomado, com o nome de Project Aristotle do Google, mostra que a colaboração efetiva é o principal diferencial entre equipes de alto desempenho e aquelas consideradas popularmente como medíocres.
Além disso, uma pesquisa publicada pela Great Place to Work entre 2024 e 2025, comprova que a colaboração e a cooperação são pilares da produtividade. Segundo ele, colaboradores que sentem que podem contar com seus colegas de time são 8,2 vezes mais propensos a fazer um esforço extra.
As provas em relação aos benefícios do trabalho em equipe vão ainda mais longe. Um artigo publicado pela plataforma Stuarttan mostra que quando os times trabalham bem juntos isso gera um aumento de 39% na produtividade.
No mesmo conteúdo, são apresentados dados da ADP que revelam que equipes diversas e inclusivas trabalham 12% mais, têm 19% mais probabilidade de permanecer por longo prazo e colaboram 57% mais efetivamente.
Inclusive, uma análise feita pela Gallup mostra que o engajamento pode reduzir o absenteísmo em até 81%. Já as equipes com baixo engajamento apresentam taxas de turnover entre 18% e 43% mais altas do que suas contrapartes.
Ou seja, o trabalho em equipe possui um papel essencial na produtividade das atividades realizadas no ambiente profissional, o que impacta diretamente na qualidade, capacidade de alcançar metas, níveis de turnover e absenteísmo, satisfação dos profissionais com o trabalho e muito mais.
O que é preciso para que os profissionais consigam trabalhar em equipe
Entre 2012 e 2015, o Google analisou mais de 180 equipes para identificar o que diferencia os times altamente produtivos daqueles considerados pela organização como medíocres.
O resultado acabou sendo surpreendente, já que a empresa notou que elementos como inteligência individual, tamanho da equipe e estruturas formais de liderança não eram nem de perto os principais diferenciais.
A conclusão foi que a grande virada de chave de uma equipe com baixo rendimento ou clima negativo para uma altamente produtiva e saudável estava na forma como os integrantes tratavam uns aos outros. Considerando isso, os pesquisadores identificaram cinco dinâmicas essenciais, em ordem de importância:
Segurança psicológica
Vista como fator crítico, a segurança psicológica pode ser definida como a crença compartilhada entre os membros de que a equipe é um lugar seguro para assumir riscos interpessoais. Isso significa conseguir expressar ideias, dúvidas e opiniões sem medo de consequências negativas ou humilhação.
Fortalecendo essa visão, o estudo Project Aristotle do Google traz alguns números:
A segurança psicológica possui 43% de impacto direto no desempenho da equipe;
Consegue gerar 19% mais produtividade na conclusão de projetos, que são finalizados mais rápido e com menos erros;
Gera 31% mais inovação, com maior probabilidade de colaboradores proporem e implementarem novas ideias;
Reduz em 27% as taxas de turnover, já que faz com que os colaboradores fiquem menos propensos a sair do emprego;
Aumenta em 3,6 vezes o engajamento, com relatórios significativamente mais altos de moral e satisfação.
Outro estudo bastante interessante, esse feito pela pesquisadora Amy Edmondson, traz uma descoberta inesperada que surgiu na análise de equipes médicas. Segundo ela, os times que mais relataram erros foram também os com melhor desempenho. Isso acontece porque, ao reportá-los, foram capazes de aprender rapidamente e logo gerar resultados melhores.
Confiabilidade
Outro pilar do trabalho em equipe, colaboração e produtividade é a confiança dos membros do time uns nos outros e nos processos que são feitos. Em termos mais simples, isso significa confiar que todos vão entregar o que prometeram no momento em que disseram que fariam.
O comprometimento com a pontualidade e a eficiência são fundamentais para isso e ajudam a construir um alicerce importante entre todos.
Estrutura e clareza
Ter papéis claramente definidos, com objetivos e processos transparentes, é um dos elementos base para que as equipes trabalhem de forma harmoniosa e mantenham o foco. Além disso, metas estruturadas e responsabilidades explícitas criam um ambiente estável e transparente.
Inclusive, uma pesquisa da McKinsey reforça esse ponto, mostrando que colaboradores se tornam 3,1 vezes mais satisfeitos quando as expectativas organizacionais são explícitas. Isso significa ter uma visão clara do que é esperado em aspectos como o ritmo de trabalho, horários a serem seguidos, métodos utilizados e obrigações individuais.
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Propósito do trabalho
O trabalho deixou de ser apenas um modo de ganhar dinheiro, principalmente para as novas gerações. A busca por propósito se tornou uma das principais prioridades dos profissionais modernos, o que exige das empresas estratégias claras para dar significado às suas metas.
Além disso, ter e se identificar com um propósito coletivo no trabalho é fundamental para o trabalho em equipe, mas também é importante que cada indivíduo se reconheça como parte dos objetivos organizacionais, fomentando seu senso de significado e validando seu esforço individual. Algo que também auxilia na colaboração.
Impacto social e pessoal
Durante o Projeto Aristóteles, ficou claro para os pesquisadores que equipes de alto desempenho genuinamente acreditam que seu trabalho cria impacto positivo. Essa percepção alimenta motivação e comprometimento, impulsionando a equipe para trabalhar com mais eficiência e motivação.
As seis habilidades essenciais para o trabalho em equipe
O trabalho em equipe, em si, é uma das skills mais valorizadas e buscadas pelas empresas atuais. Mas, assim como muitas outras, é uma habilidade diretamente relacionada a outras e que funciona de forma muito mais efetiva quando o profissional investe no desenvolvimento de um “combo” interconectado.
Confira a seguir as principais habilidades para desenvolver junto com o trabalho em equipe:
Comunicação assertiva
A comunicação é sempre citada como uma das skills mais importantes para as empresas, e isso não é por acaso. Na prática, ela se mostra através de técnicas para a escuta ativa, capacidade de expressar ideias de forma clara e eficaz e ter uma consciência aprimorada para a comunicação não verbal.
Para conseguir isso, é preciso evitar termos vagos e sempre especificar ao máximo, especialmente quando se trata de prazos e objetivos. Isso significa também utilizar uma linguagem clara, que evita palavras genéricas que podem ser mal interpretadas.
Liderança
Engana-se quem acredita que a liderança é uma habilidade necessária apenas para aqueles que ocupam cargos de líder ou gestor. Na verdade, ela está relacionada à capacidade de assumir a frente nas mais diversas situações, além de inspirar colegas e até mesmo figuras em um nível hierárquico superior.
Além disso, um bom líder é aquele capaz de compreender que existem momentos para liderar e aqueles em que deve saber como seguir. Afinal, os membros do seu time possuem experiências e conhecimentos únicos, que quando bem utilizados contribuem imensamente na colaboração e trabalho em equipe.
Saiba mais: PDL: Qual a importância do Programa de Desenvolvimento de Liderança e como construí-lo?
Resolução de problemas em equipe
As melhores ideias costumam vir daqueles que estão próximos ao problema, algo que independe da posição na hierarquia. Por isso, é importante que, no trabalho em equipe, haja a busca por resolver os problemas de forma colaborativa, utilizando todos os recursos que o time tem a oferecer.
Isso pode ser feito por meio de momentos de brainstorming sem julgamentos, proporcionando um ambiente em que não existam “ideias ruins” e todos possam contribuir de forma livre e sem medo.
Também é importante buscar soluções que beneficiem a todos e adotar uma postura direta na resolução de conflitos.
Flexibilidade e adaptabilidade
Mudar é essencial, e isso vale também para o trabalho em equipe. Equipes capazes de abraçar a mudança com flexibilidade se adaptam mais rápido às necessidades e conseguem alcançar resultados de forma mais ágil e efetiva.
Empatia e suporte
Adotar uma postura de disponibilidade para dar suporte aos colegas é um item que pode soar óbvio, mas ainda assim merece ser relembrado. Não se trata apenas de ajudar quando solicitado, mas também estar disposto a compartilhar do seu conhecimento, receber o do outro e valorizar as contribuições mútuas.
Criatividade
E se, ao invés de responder com “Não, mas…” você trocar sempre pelo “Sim, e…” em uma reunião? Pensar fora da caixa e buscar novas formas de lidar com uma situação é essencial para encontrar soluções e inovações.
No trabalho em equipe, isso pode ser demonstrado ao construir algo sobre as ideias incompletas dos colegas, sempre reconhecendo a contribuição de todos. Essa prática ajuda a encorajar perspectivas diversas e a combinar diferentes tipos de pensamento, por exemplo, unindo em uma ideia a abordagem de uma pessoa criativa, outra analítica e uma estratégica.
Inteligência emocional: habilidade que conecta tudo durante o trabalho em equipe
Estudos realizados pela ADECCO em 2025, mostram que a inteligência emocional é a habilidade central para a colaboração. A pesquisa aponta que profissionais que a possuem conseguem gerenciar conflitos de forma mais efetiva, criar um ambiente mais produtivo e coeso e contribuir para uma adaptação organizacional mais ágil.
Assim como as soft skills citadas no tópico anterior, a inteligência emocional é um item fundamental para o trabalho em equipe e a colaboração. Inclusive, é ela que serve de conector entre todas as outras, permitindo que o profissional gerencie melhor suas próprias emoções e compreenda como é afetado pelas dos outros.
O papel estratégico do RH no trabalho em equipe
O RH possui um papel importante no ato de construir alta performance em equipes, especialmente ao auxiliar no desenvolvimento de skills de colaboração, assim como na gestão de equipes colaborativas, para que continuem alcançando resultados ainda melhores. O setor atua, principalmente, nas seguintes etapas:
Recrutamento e seleção
O trabalho em equipe começa antes mesmo do primeiro dia do profissional na empresa. Com o RH estratégico, é possível traçar práticas efetivas onde essa habilidade é identificada logo no processo de recrutamento e seleção, atraindo e contratando talentos capazes de se adaptar rapidamente e colaborar com os novos colegas.
Para fazer isso, é preciso identificar certas características nos candidatos, como: o nível da sua habilidade de comunicação verbal e escrita, capacidade de resolução de problemas, pensamento crítico, adaptabilidade, abertura para feedback e inteligência emocional.
Onboarding
O processo de onboarding impacta toda a trajetória do colaborador na empresa, inclusive o tempo que ele permanecerá na função, podendo ser um importante aliado no desenvolvimento de skills de colaboração.
Para funcionar, é preciso que o RH estruture uma apresentação clara dos objetivos do time e papéis que cada membro assume desde o primeiro momento. Além disso, é preciso realizar um pareamento com um mentor capaz de desenvolver um bom relacionamento e compartilhar do seu conhecimento com o novo membro.
Treinamento e desenvolvimento
Quando se fala em treinamento e desenvolvimento nas empresas, é preciso ir além dos programas com foco em competências técnicas. Habilidades como a comunicação afetiva, escuta ativa, inteligência emocional, resolução de conflitos, empatia e liderança também podem, e devem, ser aprendidos.
Gestão de desempenho
Acompanhar o desempenho dos colaboradores é uma atividade estratégica e essencial para o RH. No entanto, muitas das pesquisas tradicionais ignoram as contribuições colaborativas, já que o foco acaba sendo na performance, problemas e forças individuais.
Por isso, é importante estar atento a esse ponto e realizar uma gestão ampla e eficiente também nas métricas capazes de refletir o trabalho em equipe dos seus times.
Cultura com foco na segurança psicológica
Como vimos, a segurança psicológica é um ponto crítico para que exista trabalho em equipe dentro das empresas. Possivelmente, essa é a etapa em que o RH se mostra mais necessário, delicado e estratégico, já que deve ser um dos elementos base de toda a cultura organizacional.
Alguns itens que auxiliam na construção de um ambiente profissional mais seguro são:
Encorajar uma comunicação aberta, onde todos se sintam seguros para fazer perguntas, tirar dúvidas e compartilhar preocupações;
Normalizar a resposta “Não sei”, principalmente vinda de líderes, e tornar o aprendizado coletivo algo comum;
Admitir erros e criar uma cultura que preza mais pela responsabilidade e não pela culpa;
Explorar ideias ao invés de apenas rejeitá-las imediatamente, principalmente quando vem de pessoas mais quietas ou em posições júnior;
Incluir e respeitar a diversidade de pessoas, ideias, experiências e origens;
Garantir mecanismos de feedback anônimo, assim como uma cultura de feedback contínuo e constante;
Instruir seus colaboradores de que conflitos devem ser vistos como uma oportunidade de crescimento, não como ameaça;
Tornar regra de que erros são analisados para aprendizado, não para apontar culpa.
As tendências para 2026 e o trabalho em equipe
Como dito logo no início deste artigo, o trabalho em equipe é uma das skills mais importantes para 2026 e os anos seguintes, e o RH possui um papel estratégico no seu desenvolvimento e uso.
Também é necessário repensar a forma como é feita a gestão de pessoas e projetos, criar processos bem estruturados e transparentes, e utilizar dados para acelerar a tomada de decisões.
Para fazer isso e muito mais, é importante ter a tecnologia como uma aliada do seu RH. Afinal, ela é capaz de automatizar processos, auxiliar na gestão de pessoas, no desenvolvimento de skills de colaboração, entre outros benefícios. Uma excelente forma de começar é adotar as soluções do melhor Lugarh!
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Saiba mais: Otimização de processos: como o Lugarh pode ajudar você?
E aí, o que achou do artigo? Sente que seu RH está preparado para abordar o trabalho em equipe como uma das skills mais importantes? Nos conte nas redes sociais como está sendo esse processo! E aproveite para nos seguir, e ficar sempre bem informado.
Até o próximo artigo! 💙
