Como fazer um plano de desenvolvimento profissional para gestores?
Gestores devem inspirar a equipe, sendo um exemplo e uma base para que a motivação e produtividade dos colaboradores esteja sempre em alta. Os resultados obtidos em cargos de liderança estão diretamente ligados ao crescimento das empresas, por isso é tão importante que os gestores possuam um bom plano de desenvolvimento profissional.
Mas, como desenvolver esse plano? Seja você um gestor que quer alavancar sua carreira, ou profissional de RH que quer saber como melhorar ainda mais as lideranças da organização, esse artigo ajudará ambos! Aqui entenderemos tudo sobre o que é como elaborar um plano de desenvolvimento profissional para gestores. Confira!
O que é um plano de desenvolvimento profissional?
O plano de desenvolvimento profissional é um documento que pode ser feito pelo próprio profissional ou em conjunto com a empresa, em especial quando o objetivo é que ele cresça na organização. Nele, estará presente metas e prazos para que o colaborador alcance um determinado objetivo que o ajude a evoluir.
Esse plano é um compromisso do profissional com o seu próprio desenvolvimento, e quando voltados aos gestores acaba sendo algo que instiga o crescimento também da empresa.
É um roteiro que define prazos e metas para chegar a um resultado, que deve ajudar o profissional em desenvolvimento a ter uma alta performance e multiplicar seus resultados. Apesar disso, ele não precisa ser rígido e imutável. Pelo contrário, a medida que os meses passam você pode adequá-lo ou melhorá-lo conforme as circunstâncias.
Por que é importante investir em um plano de desenvolvimento profissional?
Se precisasse responder em poucos segundos onde se vê daqui a um, cinco e dez anos, você conseguiria? De fato, muitos profissionais não possuem uma visão clara de onde querem e podem estar dentro de alguns anos. Mas, aqueles que possuem tem mais chances de ter uma carreira consolidada e em constante evolução.
Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial, Future of Jobs 2020, a capacidade de aprender ativa e continuamente será uma das habilidades mais importante aos profissionais até 2025. Também chamada de lifelong learning, essa habilidade está ligada a capacidade do colaborador de estar constantemente evoluindo, e isso se mostra ainda mais importante aos gestores.
O desempenho de um líder é essencial para o crescimento da empresa, em especial nas pequenas e médias. Por isso, a capacidade de continuar evoluindo é ainda maior, e é justamente nesse ponto que entendemos a importância de ter um plano de desenvolvimento profissional para gestores.
Qual a diferença entre plano de desenvolvimento profissional e pessoal?
Ao pesquisar sobre plano de desenvolvimento profissional é comum encontrar artigos falando sobre DPI, o plano de desenvolvimento pessoal. Alguns podem pensar que ambos são sinônimos, mas é importante destacar que existe uma diferenciação entre eles, ainda que possam, e devam, se complementar.
O profissional está diretamente inserido em como você projeta sua carreira ao longo do tempo, e quais competências e habilidades é preciso ter e continuar desenvolvendo para não acabar se acomodando. Já o pessoal está ligado ao aperfeiçoamento contínuo das suas habilidades socioemocionais, relações, espiritualidade, entre outros.
Com as transformações que o mercado de trabalho vem sofrendo com os anos, tem sido cada vez mais esperado e desejado que os profissionais possuam habilidades socioemocionais. Por isso, nada impede que seu DPI esteja inserido no plano de desenvolvimento profissional, especialmente os feitos a gestores. Mas, ainda assim, existem diferenças entre eles.
Plano de desenvolvimento profissional é o mesmo que desenvolvimento de carreira?
A resposta mais rápida a essa pergunta é não. O desenvolvimento de carreira é um planejamento feito por cada indivíduo, tendo em mente como imagina que será sua carreira no decorrer de décadas. Esse documento pode ser elaborado em qualquer fase da sua experiência profissional, e proteja todas as etapas que planeja vivenciar até a aposentadoria.
Integrado a esse planejamento a longo prazo é preciso ter meios de documentar quais são suas metas a curto e médio prazo, e é aí que entra o plano de desenvolvimento profissional. Com ele você detalhará o que precisa fazer nas etapas mais próximas, criando um roteiro de como chegar a cada aprendizado e promoção que deseja ter em sua carreira.
O que colocar em um plano de desenvolvimento profissional?
O primeiro passo para criar um plano de desenvolvimento profissional, seja para gestores ou não, é realizar uma autoavaliação. Entenda quais são suas fraquezas e o que ainda precisa aprender. E também aquilo em que já é bom, mas deve continuar a aperfeiçoar para ser o melhor. Ao listar as competências e habilidades que pretende melhorar, chegou o momento de definir quais delas irá investir sua atenção nesse momento.
Dessa forma você pode passar ao segundo passo, definir um objetivo. Ele deve ser realista, ainda que ambicioso, e ter um prazo limite para ser conquistado. Decidido qual será o fim que quer alcançar, é necessário definir quais são os desafios, competências e aprendizados que precisa enfrentar.
Um plano de desenvolvimento profissional costuma durar de três meses a um ano, mas pode adaptar o seu da maneira como preferir ou precisar. O importante é que possua metas específicas, com prazos e definições do que precisa ser feito para alcançá-las e dá-las como finalizadas.
Quais são as habilidades necessárias aos gestores?
Antes de definir qual o plano de desenvolvimento profissional para gestores, é importante ter em mente quais são as habilidades mais pedidas e necessárias a esses profissionais. Com as mudanças que vem ocorrendo no mercado de trabalho a estrutura que estávamos acostumados a desejar de uma liderança mudou, e é importante conseguir acompanhar essas transformações.
Comunicação
A habilidade de se comunicar de maneira eficaz é essencial no ambiente de trabalho, mas ainda mais importante a um gestor. Esse profissional irá ter contato com diferentes pessoas, com vivências, personalidades e capacidades diversas, e deve saber como transmitir suas mensagens claramente a cada uma delas.
Além disso, é papel dos gestores dar e receber feedback, conseguir gerenciar conflitos e muitas vezes ser a ponte na equipe entre ela e outros processos da empresa. Um bom líder consegue inspirar seus liderados, mas para fazer isso é importante saber valorizar uma boa comunicação.
Empatia
Ao trabalhar com pessoas é importante ter em mente a importância de conseguir entender as circunstâncias de cada um. Como dissemos antes, um gestor terá contato com pessoas diversas, e é importante que ele consiga ter empatia por cada uma delas, ainda que suas vivências e personalidades sejam diferentes.
Vista por muitos como uma habilidade pessoal e abstrata, a empatia tem ganhado espaço nas empresas. Sua importância vem crescendo com a necessidade de integrá-la a cultura organizacional, e dos profissionais do Recursos Humanos de encontrar profissionais que demonstrem conseguirem tê-la.
Proatividade
Bons gestores conseguem inspirar sua equipe através do exemplo, e uma boa forma de alcançar esse resultado é não se acomodar. Ser curioso, buscar entender todos os processos feitos ali, mesmo que não sejam parte das suas tarefas cotidianas, faz com que seus liderados entendam que é alguém que sabe como tudo é feito, e quais as dificuldades de cada etapa.
A proatividade ajuda nas relações com os liderados tanto quanto com os superiores. Não é preciso realizar todas as tarefas da empresa, mas entender como elas são feitas e estar disponível para ajudar sempre que preciso. Além disso, proatividade também está ligada ao desejo de estar constantemente evoluindo, inclusive de forma acadêmica.
Estratégia
Uma das habilidades mais importantes para um gestor é a capacidade de ser estratégico. Isso porque ele deverá saber como e quando delegar tarefas, definir prazos, ler e utilizar bem as forças e fraquezas de cada membro da equipe, e ainda conciliar diferenças.
A resolução de problemas e gerenciamento de crises também podem ser consideradas habilidades presentes na visão estratégica da situação. Todos esses são itens com os quais um gestor precisará lidar em diversos momentos, por isso conseguir desenvolver e colocar em prática diferentes estratégias é essencial para o seu sucesso, e também da empresa.
Competências técnicas
Até aqui falamos bastante de habilidades socioemocionais, que apesar de estarem sendo cada vez mais desejadas e presentes nas empresas, não podem ser vistas como as únicas características necessárias. Afinal, conhecimentos técnicos e experiência prática ainda são essenciais para um bom profissional.
Quando falamos de desenvolvimento profissional para gestores, é importante frisar a importância das habilidades que o ajudem a liderar, inspirar e entender melhor sua equipe e superiores. Isso permite ter uma relação melhor com ambos, além de desenvolver uma dinâmica mais produtiva e eficiente como um todo.
Entretanto, desenvolver competências também é algo essencial, especialmente em uma posição de liderança. Para saber quais delas é importante dar atenção primeiro é preciso pensar em qual setor sua empresa está, e quais são seus objetivos profissionais.
Em geral, conhecimentos sobre o meio digital, softwares usados em seu cotidiano, ou que podem agregar valor as atividades da empresa, novas tecnologias e conhecimentos específicos sobre os processos e atividades são os mais importantes.
Como fazer um plano de desenvolvimento profissional para gestores?
No decorrer do artigo pudemos perceber o quão importante é ter uma visão clara do que pretende para sua carreira. Da mesma forma, entendemos que existem muitas habilidades necessárias a um gestor, e que afetam a qualidade da equipe como um todo. Agora chegou o momento de entender o passo a passo para desenvolver um plano de desenvolvimento profissional para gestores. Confira!
Faça uma autoavaliação
Apesar de já termos citado esse ponto antes, é importante frisar novamente a importância de uma autoavaliação. Isso significa analisar suas próprias habilidades, competências e necessidades, mas também as da empresa.
A organização atual em que trabalha tem muitos clientes estrangeiros? Talvez aprender um novo idioma, como o inglês ou mandarim, possa ser uma habilidade importante. Não apenas para aumentar sua qualidade como gestor, mas também como profissional.
Defina suas metas
Após realizar uma autoavaliação minuciosa, que pode ser feita de forma independente ou em conjunto com a empresa, chegou o momento de definir qual seu primeiro objetivo. Seguindo a sugestão anterior, se a competência que planeja desenvolver é um novo idioma, é preciso definir metas que o ajudem a chegar a fluência.
O primeiro passo é dividir o objetivo final em metas menores. Por exemplo, o “aprender inglês” pode ser dividido em “aprender a gramática do idioma” e “aprender a falar de forma fluida com nativos”. Dentro dessas metas devem existir ainda outras, como horários específicos para os estudos, meios de o fazer e datas onde deve alcançar algum tipo de resultado.
Elabore estratégias
Digamos que deseja ser fluente em inglês em dois anos. Como fará isso acontecer? Elaborar estratégias realistas para alcançar o resultado do seu desenvolvimento profissional, independente de qual seja, é uma das fases mais importantes.
Se a meta é aprender um novo idioma, entenda quais formas de estudo se adéquam melhor a você, horários e dias em que pode se dedicar, cursos que pode fazer, pessoas que podem ajudá-lo nas práticas. Analise quais métodos pode usar a seu favor e crie estratégias que tirem o melhor proveito delas.
Liste seus recursos
De nada adianta desenvolver um plano de desenvolvimento profissional grandioso e não ter como chegar ao objetivo final. Por isso, antes mesmo de iniciá-lo é importante listar quais recursos tem disponível, e como utilizá-los da melhor maneira.
Isso envolve investimento financeiro, mas também de tempo, disposição e até mesmo auxílio externo. Voltando ao aprendizado de um novo idioma, ao se dedicar a aprender planeja entrar em um curso? Ter aulas com um professor particular ou criar um programa de estudos independente? Conhece alguém que já saiba o idioma e possa treinar com você?
Todas são questões estratégicas, mas também de recursos. Afinal, é preciso saber o que exatamente investirá nesse plano, inclusive no quesito tempo e dedicação, além do financeiro.
Crie uma linha do tempo
Tendo todas as informações anteriores em uma folha, chegou o momento de dar prazos a cada meta, e ao objetivo final. Nessa fase o importante é criar uma linha do tempo realista com os seus recursos e tempo necessário para o aprendizado, mas ambiciosa o bastante para o instigar a alcançar o resultado ideal.
Ao final, é importante colocar um desafio que comprove o seu sucesso e ainda ajude na sua carreira. Por exemplo, se sua meta era aprender inglês para ter maior facilidade na hora de lidar com clientes estrangeiros, tente realizar uma reunião com eles inteiramente no idioma.
Dessa forma, conseguirá demonstrar a empresa que consegue fazer algo do tipo, ao mesmo tempo em que prova a si mesmo que os esforços investidos nesse tempo geraram frutos.
As empresas podem realizar um plano de desenvolvimento profissional para gestores?
Ter um bom plano de desenvolvimento é importante a todos os profissionais, sejam eles aspirantes a gestores ou não. Para isso, eles não devem depender da empresa em que trabalham, podendo desenvolver esse planejamento de forma independente, ainda que aplique os resultados no seu desempenho na organização. Entretanto, isso não significa que a empresa não possa ajudar. Investir em seus colaboradores não só é algo que pode, mas também deve fazer.
Treinamentos
Os treinamentos voltados a gestores tem sido bastante utilizados pelo RH como meio de melhorar lideranças e otimizar resultados. Eles podem ser realizados na própria empresa, ou por empresas especializadas em capacitações. Com a popularidade dos cursos online é possível economizar tempo e evitar descolamentos, realizando esses treinamentos de forma totalmente virtual.
On The Job
O on the job é um método de treinamento que visa tirar o melhor proveito dos profissionais mais experientes da empresa. Nele, gestores inexperientes ou com menor conhecimento em determinada especialização ou competência, recebem a mentoria daqueles vistos como referência na organização.
Job Rotation
A “rotação de emprego”, como pode ser traduzido, vem de uma estratégia do RH de desenvolvimento profissional, visando dar ao colaborador a chance de conhecer e aprender diferentes setores e processos na empresa. Isso permite que ele descubra novas habilidades, adquira novas experiências e assuma novas responsabilidades, que ampliam a variedade do seu trabalho e demandas que pode executar.
Benchmarking
Traduzido como “referência”, essa técnica analisa o desempenho e estratégias utilizadas por empresas do mesmo segmento, criando táticas próprias que possam ser aplicadas na empresa. Quando pensado para o desenvolvimento de gestores, deve considerar quais habilidades, competências e inspirações foram usadas por aqueles que são referência no cargo, e como incorporar isso nos seus próprios colaboradores.
A importância de um gestor nas pequenas e médias empresas
A existência de um bom gestor é essencial para empresas de qualquer porte, mas se torna ainda mais importante nas pequenas e médias. Isso porque, uma gestão falha pode fazer com que a organização perca oportunidades de negócio, não organize suas finanças da melhor forma ou não consiga tirar o melhor proveito dos seus colaboradores.
Problemas como esses afetam com mais força empresas pequenas e médias, o que acaba fazendo com que não consigam se posicionar no mercado ou se formalizar como deveriam. Por isso que, nesses ambientes, elaborar um plano de desenvolvimento profissional para gestores é ainda mais importante. Afinal, uma boa gestão engrandece o profissional, assim como os resultados da empresa e a qualidade dos seus serviços e processos.
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